Boletim Focus: Inflação persistente, Selic alta e PIB estagnado
- Núcleo de Notícias

- 12 de mai.
- 2 min de leitura
Confira as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos do Brasil

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central trouxe uma leve revisão para baixo nas expectativas de inflação e câmbio, sem alterações relevantes nas projeções de juros e crescimento econômico. As novas estimativas demonstram inflação ainda acima do centro da meta e câmbio volátil no médio prazo.
No câmbio, a projeção para o dólar em 2025 recuou de R$ 5,86 para R$ 5,85. Para 2026, a estimativa caiu de R$ 5,91 para R$ 5,90, e para 2027 também houve redução, de R$ 5,85 para R$ 5,80. A única alta ocorreu na previsão de 2028, com uma leve correção de R$ 5,85 para R$ 5,82.
Já a inflação projetada para 2025 caiu de 5,53% para 5,51%, enquanto a estimativa para 2026 recuou de 4,51% para 4,50%. A previsão para 2027 segue em 4,00%, e para 2028 permanece em 3,80%. No que se refere aos preços administrados, as projeções para 2025 caíram de 4,63% para 4,57%, enquanto para 2026 houve leve alta, de 4,28% para 4,29%. Para os anos seguintes, 2027 e 2028, as estimativas ficaram em 4,00% e 3,80%, respectivamente.
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), outro importante indicador inflacionário, teve sua projeção para 2025 mantida em 4,98%. Para 2026, houve um leve aumento, passando de 4,52% para 4,60%, enquanto para 2027 e 2028 a estimativa permaneceu em 4%.
No campo da política monetária, a taxa Selic esperada para 2025 segue em 14,75%, sem alterações. Para 2026, a projeção continua em 12,50%; para 2027, permanece em 10,50%; e para 2028, mantém-se estável em 10%, patamar repetido há 20 semanas.
A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) também não apresentou alterações: 2,00% para 2025 e 2027, 1,70% para 2026 e 2,00% para 2028 — este último índice está inalterado há 61 semanas, indicando ausência de perspectivas de aceleração relevante no crescimento econômico.
O Relatório Focus desta semana expõe que a manutenção das taxas de juros em níveis elevados indica a preocupação contínua com o controle inflacionário em meio a um ambiente fiscal ainda instável.



Comentários