Boletim Focus: Mercado mantém projeções fracas para economia brasileira e futuro segue incerto
- Núcleo de Notícias

- 21 de jul.
- 3 min de leitura
Mesmo com ligeiras quedas na inflação esperada, indicadores reforçam cenário de estagnação, câmbio desvalorizado e juros persistentemente altos

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (21), mostra que as projeções econômicas do mercado para o Brasil seguem distantes de qualquer cenário animador. Apesar da queda na expectativa de inflação para 2025, que passou de 5,17% para 5,10%, o patamar ainda está muito acima do centro da meta e confirma a fragilidade das políticas econômicas atuais para controlar os preços.
No câmbio, a expectativa para 2025 foi mantida em R$ 5,65, uma taxa elevada que reflete a contínua desvalorização do real diante da falta de confiança dos investidores no país. A projeção de crescimento do PIB para o mesmo ano permanece em 2,23%, um número modesto que indica um ritmo de expansão quase nulo e que dificilmente será suficiente para melhorar as condições de vida da população ou reverter o desemprego estrutural.
A taxa Selic, usada como referência para os juros no país, segue em projeção de 15% até o final deste ano, pela quarta semana consecutiva. Esse número elevado comprova a dificuldade do governo em reduzir os juros sem comprometer ainda mais o controle inflacionário. Para 2026, espera-se 12,50%, caindo apenas para 10,50% em 2027 e 10% em 2028 — valores altos o bastante para manter o crédito caro e inibir o investimento produtivo.
A inflação prevista para 2026 também recuou levemente de 4,50% para 4,45%, mas continua acima da meta. Para os anos seguintes, as projeções são de 4,00% em 2027 e 3,80% em 2028, indicando que o controle dos preços será um processo lento e incerto. O IGP-M, outro índice de inflação, também mostra oscilações pouco animadoras: a projeção para 2025 caiu de 2,18% para 1,72%, enquanto para 2026 houve recuo de 4,50% para 4,45%. Para 2028, a estimativa aumentou de 3,96% para 3,98%.
Os preços administrados — como energia, combustíveis e transportes — dentro do IPCA, também subiram: a expectativa para 2025 avançou de 4,40% para 4,64%, evidenciando que o brasileiro ainda terá de lidar com alta nos serviços essenciais. Para os anos seguintes, as projeções se mantêm elevadas, com 4,19% em 2026 e 4,00% em 2027.
A mediana das projeções para o crescimento do PIB em 2026 também foi revisada para baixo, caindo de 1,89% para 1,88%. Já para 2027 e 2028, o mercado continua prevendo expansão de apenas 2%, uma estimativa que se mantém estagnada há impressionantes 71 semanas, revelando o descrédito dos analistas quanto à capacidade do país de crescer de forma sustentada.
Em resumo, o boletim Focus desta semana reforça um diagnóstico preocupante: o Brasil caminha sem rumo definido, com inflação fora da meta, câmbio pressionado, crescimento anêmico e juros sufocantes — um ambiente nada promissor para trabalhadores, empreendedores e investidores.
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Carlos Dias.
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