Boletim Focus: Projeções expõem cenário econômico frágil e sem sinais concretos de melhora
- Núcleo de Notícias

- há 4 dias
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Mesmo com recuos pontuais na inflação e no câmbio, o relatório revela expectativas modestas para o crescimento, juros persistentemente altos e tendência de estagnação prolongada

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central. (Fonte: bcb.gov.br)
INFLAÇÃO
As projeções para 2025 mostram um quadro pouco animador. Apesar de nova redução no IPCA esperado, que passou de 4,55% para 4,46%, o movimento não altera a percepção de que a inflação segue distante do ideal e que não há força suficiente para uma trajetória de desaceleração consistente.
Para os anos seguintes, o pessimismo estrutural permanece evidente. O IPCA de 2026 continua em 4,20% pela terceira semana e 2027 está fixado em 3,80% pela segunda. Para 2028, a projeção está estagnada em 3,50%, sem qualquer sinal de avanço. O IGP-M segue a mesma tendência: queda para 2025, de -0,22% para -0,32%, além de redução de 4,08% para 4,02% em 2026. As estimativas de 2027 permanecem engessadas em 4,00% por 44 semanas, enquanto 2028 caiu de 3,86% para 3,80%.
Nos preços administrados, um dos pontos mais sensíveis ao bolso do brasileiro, o cenário para 2025 piorou novamente. A projeção subiu de 4,97% para 5,06%, marcando a terceira alta seguida. Para 2026, há estabilidade em 3,86%, enquanto 2027 caiu de 3,80% para 3,70%. Já 2028 permanece em 3,60%.
PIB
O crescimento econômico segue preso a um horizonte de baixo dinamismo. Para 2025, a projeção do PIB estacionou em apenas 2,16%, reforçando a incapacidade do país de romper com o ciclo de estagnação. Em relação aos anos seguintes, nada indica uma reviravolta: 2026 permanece em 1,78% pela terceira semana, 2027 em 1,88%, e 2028 congelado em 2,00% há impressionantes 88 semanas.
Mesmo sem revisões negativas, os números revelam a falta de expectativa de um avanço consistente — um retrato claro de um país que não consegue criar impulso econômico sólido.
CÂMBIO
O câmbio para 2025 recuou minimamente, de R$ 5,41 para R$ 5,40. Para 2026 e 2027, as projeções permanecem em R$ 5,50, sem alterações por cinco e três semanas. A cotação para 2028 também continua em R$ 5,50 pela terceira semana. A estabilidade, neste caso, não reflete confiança, mas sim acomodação diante da percepção de fraqueza estrutural do país e baixa atratividade internacional.
SELIC
O cenário monetário reforça a falta de horizonte positivo. As expectativas para os juros seguem extremamente altas. A Selic projetada para 2025 segue parada em 15% ao ano, revelando um ambiente persistente de aperto. Para 2026, a taxa permanece em 12,25% pela oitava semana; 2027 está congelada em 10,50% por 40 semanas; e 2028 não se move de 10,00% há 47 semanas.
A manutenção de juros tão altos por tanto tempo indica falta de confiança na condução econômica e ausência de avanços que permitam um alívio consistente no custo do crédito.
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Carlos Dias.
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