Boletim Focus: Projeções revelam estagnação e incerteza prolongada na economia brasileira
- Núcleo de Notícias

- 20 de out.
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Relatório indica um cenário de estagnação econômica e fragilidade estrutural

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central. (Fonte: bcb.gov.br)
INFLAÇÃO
As projeções de inflação seguem demonstrando a falta de fôlego da economia brasileira. Para 2025, o mercado reduziu novamente a expectativa para o IPCA, que passou de 4,72% para 4,70%, marcando a quarta redução consecutiva segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Ainda assim, a queda é irrisória e o número segue acima do centro da meta, mostrando que a trajetória de preços permanece desordenada.
O pessimismo se estende aos próximos anos. Para 2026, a projeção recuou de 4,28% para 4,27%; em 2027, de 3,90% para 3,83%; e em 2028, de 3,68% para 3,60%. Mesmo com as revisões ligeiramente menores, o movimento não reflete uma melhora real, mas sim uma desaceleração forçada diante da fraqueza da atividade econômica e do consumo contido.
No caso do IGP-M, índice usado em contratos e reajustes, a previsão para 2025 caiu de 0,95% para 0,87%, sinalizando desinflação puxada por retração econômica. Para 2026, a projeção ficou em 4,20%, e em 2027, em 4%. Já para 2028, o índice foi ajustado de 3,98% para 3,91%.
Os preços administrados dentro do IPCA também apontam pressão persistente: a estimativa para 2025 subiu de 4,96% para 4,97%, refletindo os reajustes de tarifas públicas. Para 2026, houve leve recuo de 3,97% para 3,96%; em 2027, a estimativa permaneceu em 3,84%; e em 2028, caiu de 3,70% para 3,60%.
CÂMBIO
O dólar deve permanecer valorizado frente ao real, o que demonstra a falta de confiança dos investidores na economia brasileira. Para 2025, a projeção é de R$ 5,45, reforçando a tendência de uma moeda nacional enfraquecida.
Para os anos seguintes, o mercado vê pouca ou nenhuma melhora: a cotação esperada é de R$ 5,50 em 2026, R$ 5,51 em 2027 e R$ 5,56 em 2028. O cenário indica persistência de instabilidade fiscal, juros altos e baixa atratividade do país para investimentos externos.
PIB
O crescimento econômico previsto para o Brasil segue modesto e incapaz de compensar anos de estagnação. A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 ficou em 2,17%, uma variação mínima em relação à estimativa anterior de 2,16%.
A situação se torna ainda mais preocupante nos anos seguintes: para 2026, a mediana das projeções é de 1,80%; para 2027, recuou de 1,83% para 1,82%; e para 2028, segue inalterada em 2%, o que mostra a falta de perspectivas de um ciclo robusto de expansão.
SELIC
O cenário de juros também permanece travado, refletindo a dificuldade de redução da taxa sem riscos inflacionários. A projeção para 2025 continua em 15% pela 17ª semana consecutiva, um dos níveis mais altos do mundo.
Para os próximos anos, o mercado espera algum alívio, mas sem otimismo: 12,25% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028, mantida nessa faixa há 43 semanas. A combinação de juros altos e crescimento fraco reforça a percepção de um país economicamente estagnado.
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Carlos Dias.
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