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Ambipar (AMBP3) causa prejuízo em massa a investidores e mantém contratos de centenas de milhões com o governo Lula

Certificados lastreados em títulos em dólar da companhia geram prejuízos de até 93%, enquanto cresce o temor de recuperação judicial


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A derrocada da Ambipar, multinacional brasileira do setor de gestão ambiental que firmou contratos milionários com o governo federal durante a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já provoca uma onda de prejuízos no mercado financeiro e reacende suspeitas sobre a relação entre a companhia e o Poder Executivo. Após meses de alerta sobre a fragilidade financeira da empresa, investidores começaram a registrar perdas drásticas em certificados de operações estruturadas (COEs) lastreados em títulos de dívida da Ambipar, com alguns recebendo apenas 7% do valor originalmente aplicado — uma queda de 93%.


Segundo informações confirmadas nesta quarta-feira (8), a XP Investimentos começou a notificar assessores e clientes sobre o acionamento de cláusulas de vencimento antecipado em COEs atrelados a bonds da Ambipar e da Braskem, emitidos no mercado internacional. No caso da Ambipar, as perdas são as mais severas: os títulos em dólar da companhia estão sendo negociados a apenas 13% do valor de face, enquanto os da Braskem variam entre 20% e 37%. Ao todo, há pelo menos 41 emissões de COEs relacionados à Ambipar e 78 à Braskem — produtos de diversas instituições financeiras, agora em situação de alto risco.


Na plataforma Reclame Aqui, multiplicam-se os relatos de investidores indignados com as perdas. Um cliente afirma ter perdido R$270 mil após a liquidação antecipada de um certificado vinculado a bonds da Ambipar com vencimento em 2031: “Por causa da crise na empresa, a XP liquidou o título e os meus R$289 mil viraram R$19 mil.” Outro investidor relatou prejuízo de R$22 mil, alegando não ter sido sequer avisado da liquidação. Há ainda casos de perdas de até 80%, como o de um aplicador que investiu R$25 mil e poderá recuperar apenas R$5 mil.


A deterioração dos papéis da Ambipar ganhou força após a empresa obter, no fim de setembro, uma tutela cautelar na Justiça do Rio de Janeiro para se proteger de credores por 30 dias — prazo que pode ser prorrogado por igual período. O movimento, que costuma anteceder um pedido formal de recuperação judicial, foi interpretado como um sinal de colapso iminente. Fontes próximas à companhia confirmam que o pedido de recuperação deve ser protocolado ainda nesta semana.


A situação financeira crítica da Ambipar chama ainda mais atenção quando comparada ao crescimento explosivo da empresa nos últimos dois anos, período em que firmou contratos que somam R$480,9 milhões com o governo Lula — três deles sem licitação. Em janeiro, o Rumo News revelou que a multinacional havia celebrado cinco acordos com órgãos federais, incluindo um contrato de R$266,7 milhões com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para transporte de alimentos e insumos em áreas do Amazonas e Roraima, e outro de R$185,9 milhões com o Ministério dos Povos Indígenas, sob o pretexto de “emergência humanitária” entre os Yanomamis.


Além dos contratos diretos, a Ambipar firmou um protocolo de intenções com o governo federal durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. O documento, assinado pelo secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, cobre 1,4 milhão de quilômetros quadrados — cerca de 14% do território brasileiro — para supostos “projetos sustentáveis”. O governo, contudo, se recusou a divulgar o conteúdo do acordo, alimentando suspeitas sobre sua natureza e finalidade.


Paralelamente, a Ambipar captou US$400 milhões no exterior por meio da emissão de “títulos verdes”, usados para financiar projetos com apelo ambiental. O valor das ações da empresa chegou a subir mais de 700% em um ano, antes de desabar sob o peso de investigações sobre governança, alertas de classificação de risco e a saída de executivos. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já havia solicitado esclarecimentos à companhia diante das oscilações anormais de seus papéis.


Enquanto o governo Lula tenta se desvincular do colapso da Ambipar, o caso lança sombras sobre os contratos firmados sem licitação e reforça questionamentos sobre o uso de recursos públicos em empresas privadas que hoje caminham para a insolvência. O episódio ameaça transformar-se em um novo escândalo financeiro e político, com potencial de envolver ministérios, bancos e fundos de investimento expostos ao risco da empresa.


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