Diretor-geral da PF usa caso de suicídio para pressionar por censura nas redes sociais
- Núcleo de Notícias

- 15 de nov. de 2024
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Declarações de Andrei Rodrigues suscitam debate sobre liberdade e segurança no ambiente digital

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, reacendeu a polêmica sobre a regulamentação das redes sociais no Brasil ao associar o episódio trágico ocorrido na quarta-feira (13), quando um homem detonou a si com fogos de artifício em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Alinhando-se ao discurso do ministro Alexandre de Moraes, o diretor-geral da PF defendeu medidas que ampliem o controle sobre o que é publicado nas plataformas digitais.
Em declaração, Rodrigues afirmou que as redes sociais seriam um "território de ninguém" onde "barbaridades" são publicadas sem consequências. Ele utilizou como exemplo mensagens supostamente postadas pelo chaveiro Francisco Wanderley Luiz, o homem que, segundo autoridades, se matou acionando os fogos.
No entanto, a posição oportunista do diretor-geral da PF levanta questionamentos sobre os limites entre segurança pública e o direito à liberdade de expressão. Vincular casos individuais à necessidade de controle digital abre precedentes perigosos para a censura e a supressão de opiniões divergentes. Ao invés de promover o debate saudável e o fortalecimento das instituições democráticas, a ênfase em medidas punitivas nas redes sociais concentraria ainda mais poder nas mãos de autoridades, com consequências devastadoras para a sociedade.



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