Ernesto Araújo critica abandono do legado conservador e defende aliança entre Bolsonaro e Trump
- Núcleo de Notícias
- 18 de jul.
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Atualizado: 22 de jul.
Ex-chanceler aponta fragilidade política interna e alerta para erosão da agenda antiglobalista no Brasil

O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fez duras críticas à atual condução política da direita brasileira e à fragilidade institucional que, segundo ele, permitiu os ataques recentes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em publicação nas redes sociais, o ex-chanceler lamenta que, apesar de ter sido o político mais popular da história recente do país, Bolsonaro não conseguiu consolidar uma base de poder efetiva no Brasil, nem no sistema político nem fora dele. Como resultado, encontra-se hoje à mercê de arbitrariedades e de uma estrutura judicial inclinada à perseguição.
Segundo o diplomata, as instituições brasileiras se afastaram completamente da missão de garantir justiça e liberdade, deixando a sociedade vulnerável à sanha punitivista que hoje atinge diretamente o ex-chefe do Executivo. Para Ernesto Araújo, a única base sólida que Bolsonaro construiu foi no campo da política externa, por meio de sua aliança estratégica com Donald Trump. E é justamente nessa relação que ele enxerga uma esperança real de retomada do projeto conservador no Brasil.
O ex-ministro sustenta que a aliança Trump-Bolsonaro vai além do vínculo pessoal e representa um movimento geopolítico mais amplo: a tentativa de consolidar uma frente global contra o totalitarismo progressista e os mecanismos de dominação impostos por organismos supranacionais. Ele ainda afirma que a aproximação com os Estados Unidos, durante o governo Trump, foi o principal ativo diplomático da gestão Bolsonaro, e ainda pode ser a chave para livrar o país do ciclo de perseguição e retrocesso institucional.
Em tom crítico, o pronunciamento também questiona o abandono da agenda estruturante que havia sido iniciada entre 2019 e 2021, mencionando temas como a reforma da Previdência, a política externa soberana, o afastamento do globalismo, o combate ao Foro de São Paulo, e até mesmo os esforços para barrar o avanço tecnológico e comercial da China no Brasil. Para o ex-chanceler, a atual direita se perdeu ao adotar uma estratégia de “pragmatismo” e de conciliação com o establishment, jogando no lixo os valores que a fizeram vitoriosa em 2018.
O ex-ministro ainda dispara contra a incoerência daqueles que, mesmo diante das injustiças cometidas contra Bolsonaro, preferem se calar ou flertar com soluções intermediárias, que apenas prolongam a dependência brasileira do sistema que hoje reprime a liberdade e sufoca a democracia.
Encerrando sua análise, o ex-ministro Ernesto Araújo, defende que a única saída concreta para o país é a retomada da aliança global pela liberdade, simbolizada pela relação estratégica entre Trump e Bolsonaro. Sem ela, argumenta, o Brasil voltará a ser tragado pelo velho jogo do controle ideológico.
Confira o pronunciamento completo do ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil no governo Bolsonaro:
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