EUA não descartam uso do poder militar para defender liberdade em meio a julgamento de Jair Bolsonaro

Núcleo de Notícias
10 de set.
2 min de leitura

Declaração ocorreu após voto do ministro Alexandre de Moraes pela condenação do ex-presidente no STF

O governo do presidente Donald Trump enviou um recado contundente na terça-feira (9), ao mencionar explicitamente a possibilidade de usar o “poder militar” dos Estados Unidos em defesa da liberdade de expressão, em referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). A fala foi feita pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva de imprensa.

Questionada sobre possíveis novas sanções contra o Brasil diante da perseguição judicial contra Bolsonaro, Leavitt destacou que a administração republicana considera o caso uma prioridade. “Eu não tenho nenhuma ação adicional para antecipar para vocês hoje. Mas posso dizer que isso é uma prioridade para a administração, e o presidente não tem medo de usar o poder econômico, o poder militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, declarou.

A manifestação da Casa Branca veio no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal contra Bolsonaro e outros sete acusados, votou pela condenação do ex-presidente. Em seu discurso, marcado por forte viés político, o ministro Alexandre de Moraes chegou a associar o líder da direita brasileira à figura de um ditador, afirmando reiteradamente que o ex-presidente Jair Bolsonaro possuía intenção de "perpetuar-se no poder".

O posicionamento firme de Washington deixa evidente que a gestão Trump acompanha de perto os desdobramentos no Brasil e não descarta medidas mais severas para responder ao cerceamento de liberdades fundamentais. A menção ao uso de poder militar para salvaguardar direitos democráticos, em especial a liberdade de expressão, sinaliza uma escalada no tom diplomático em um momento de tensão entre os dois países.

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