Ex-presidente da Rússia afirma que retaliação é "inevitável"
- Núcleo de Notícias

- 3 de jun
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Dmitry Medvedev afirma que ofensiva continuará apesar de negociações em Istambul

O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, afirmou nesta terça-feira (3) que uma retaliação contra os ataques recentes da Ucrânia ao território russo é “inevitável”, mesmo diante das tentativas diplomáticas de alcançar uma solução pacífica para o conflito.
A declaração ocorre após uma série de ações atribuídas a Kiev, incluindo sabotagens ferroviárias nas regiões de Bryansk e Kursk e ataques com drones contra bases aéreas russas. Ainda assim, autoridades de Moscou viajaram nesta semana para Istambul, onde ocorreu mais uma rodada de negociações com representantes ucranianos.
Em publicação nas redes sociais, Dmitry Medvedev reagiu à crescente pressão interna por uma resposta militar mais contundente. “Nosso exército está em ofensiva ativa e continuará avançando. Tudo o que precisa ser destruído será destruído, e quem precisa ser eliminado será eliminado”, escreveu. Ele acrescentou que os diálogos com a Ucrânia são necessários apenas “para que a vitória seja mais rápida e a eliminação total das autoridades neonazistas em Kiev se concretize.”
Mesmo sem avanços concretos nas negociações de paz, Rússia e Ucrânia concordaram em realizar a maior troca de corpos de militares mortos até o momento. A Rússia ofereceu devolver os restos mortais de mais de 6 mil soldados ucranianos, e Kiev indicou que responderá com a devolução do mesmo número de militares russos. Vladimir Medinsky, assessor do presidente russo e chefe da delegação em Istambul, afirmou que Moscou aceitará todos os corpos enviados.
A Ucrânia concordou com as negociações diretas após pressão do presidente norte-americano Donald Trump, que demonstrou impaciência com ambos os lados e advertiu que os Estados Unidos podem abandonar sua função de mediador caso não haja progresso.



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