Flávio Bolsonaro afirma que Congresso está próximo de aprovar anistia

Núcleo de Notícias
8 de out.
2 min de leitura

Senador participa de ato em Brasília e reforça que a oposição não aceitará redução de penas, mas o perdão completo aos condenados do 8 de janeiro

Milhares de manifestantes se reuniram na terça-feira (7), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a “Caminhada pela Anistia”, movimento em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos cidadãos condenados injustamente por uma suposta tentativa de golpe de Estado nos atos de 8 de janeiro de 2023. O evento teve como destino o Congresso Nacional e contou com a presença de parlamentares da oposição, que reforçaram a pressão por um perdão integral aos condenados.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) destacou a resistência dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro frente às dificuldades impostas pelas instituições. “Não tem sido fácil. Assim como ele [Jair Bolsonaro] não baixou a cabeça, nós também não vamos baixar a nossa. Vocês são testemunhas e protagonistas deste ato pela anistia, para que o Congresso ouça a nossa voz e veja as cores que representamos”, afirmou.

Nos bastidores, há discussões no Parlamento sobre uma proposta que prevê apenas a redução das penas dos condenados, mas sem conceder anistia plena. O senador Flávio Bolsonaro, porém, garantiu aos manifestantes que o projeto que concede o perdão completo está “a um passo de ser aprovado” no Congresso, sinalizando avanço nas negociações entre lideranças da oposição e parlamentares independentes.

Durante o ato, outros deputados se manifestaram contrários à ideia de uma simples dosimetria das penas. A deputada Bia Kicis (PL-DF) foi enfática: “Nós não queremos qualquer coisa, nós queremos Bolsonaro. Não queremos redução de pena, queremos anistia total. O Brasil já teve outras anistias e chegou a hora de termos mais uma”.

O movimento reforça a pressão popular sobre o Legislativo diante das duras penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal, que tratou os acontecimentos de 8 de janeiro como tentativa de golpe. Parte significativa da sociedade e da classe política, no entanto, defende que o episódio foi uma manifestação desorganizada de civis, sem articulação golpista, e que as condenações refletem perseguição política cruel, deproporcional e desumana.

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