Governo Central registra déficit primário de R$22,4 bilhões em agosto, aponta Tesouro
- Núcleo de Notícias

- 3 de out. de 2024
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Resultado segue muito distante da meta fiscal de 2024
O Tesouro Nacional anunciou nesta quinta-feira que o Governo Central registrou um déficit primário de R$22,4 bilhões em agosto de 2024.
De acordo com o relatório do Tesouro, a receita líquida — que exclui as transferências para governos regionais — apresentou um crescimento real de 6,2% em comparação com agosto de 2023, somando R$148,9 bilhões. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela alta de 12,6% na arrecadação de tributos administrados pela Receita Federal, como Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Cofins.
Em contrapartida, os recursos não administrados pela Receita apresentaram uma queda real de 2,8%, causada principalmente pela redução nos dividendos e participações. Esse recuo foi insuficiente para compensar o aumento na arrecadação tributária.
No lado das despesas, o Tesouro destacou uma alta real de 2,0% nos gastos do governo, totalizando R$171,3 bilhões em agosto. Entre os principais responsáveis pelo aumento das despesas estão os benefícios previdenciários, o abono salarial e o seguro-desemprego, que continuam a pressionar o orçamento público.
No acumulado do ano até agosto, o déficit primário do Governo Central alcançou R$100 bilhões. Já as contas públicas apresentam um déficit acumulado de 12 meses de R$227,5 bilhões, o que equivale a 1,98% do PIB.
Esses resultados evidenciam a dificuldade - se não impossibilidade - em alcançar a meta fiscal para 2024.
A divulgação dos dados de agosto foi adiada para outubro devido à mobilização de servidores do Tesouro em busca de melhores condições salariais, o que gerou atrasos nos processos de consolidação e publicação das informações fiscais.




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