Governo Lula eleva imposto sobre produtos de aço e ferro
- Núcleo de Notícias

- 20 de out. de 2024
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Medida deve encarecer setores como automóveis e construção civil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo Lula, por meio do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) e da Câmara de Comércio Exterior (Camex), aprovou na última quinta-feira (17/10) um aumento expressivo nas tarifas de importação de 11 produtos de ferro e aço. A alíquota passa a ser de 25%.
Embora o Sindicato Nacional das Indústrias de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos (Sicetel) tenha pressionado pela medida, justificando que ela seria "essencial" para a competitividade dos produtos brasileiros, o impacto no mercado pode ser pesado. Setores estratégicos como a indústria automobilística, de eletrodomésticos e construção civil enfrentarão aumentos nos custos de produção, devido à dependência de matérias-primas de ferro e aço.
É válido ressaltar que empresas ligadas ao Sicetel não têm capacidade para suprir toda a demanda interna. Isso poderá resultar em uma elevação de preços para o consumidor final em diversos setores.
Além do aumento no imposto sobre produtos de ferro e aço, o governo também alterou as tarifas de outros itens. Fios de poliéster, utilizados em diversos segmentos industriais, terão uma redução tarifária de 18% para 0%, o mesmo acontecendo com motores elétricos para liquidificadores e outros eletrodomésticos. Em contraste, cabos e fibras óticas sofrerão um aumento de 35% na taxa de importação, válido por seis meses.
O governo também adotou medidas de antidumping temporário para conter a entrada de produtos a preços muito abaixo do praticado no mercado. A China foi um dos principais alvos, com sobretaxas aplicadas a folhas metálicas, que agora custarão entre US$ 257,97 e US$ 341,28 por tonelada.
Outros produtos, como nebulizadores chineses, pigmentos de dióxido de titânio e fibras de poliéster vindos de vários países asiáticos, também foram incluídos na lista de sobretaxas.




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