Israel elimina quatro chefes de inteligência iranianos em ataque aéreo de alta precisão

Alvos desempenhavam papéis-chave em ataques terroristas, segundo as Forças de Defesa de Israel

Em mais um duro golpe contra o aparato de inteligência iraniano, a Força Aérea de Israel eliminou quatro altos oficiais do regime dos aiatolás em um ataque aéreo cirúrgico realizado em Teerã. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), os alvos estavam diretamente envolvidos na formulação estratégica do Irã, bem como no planejamento de ataques terroristas contra Israel, o Ocidente e países do Oriente Médio.

O ataque, realizado na noite de domingo (15), teve como base informações precisas da Inteligência Militar israelense. Entre os mortos estão Mohammad Kazemi, chefe da Organização de Inteligência da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), e seu vice, Mohammad Hassan Mohaqiq. Também foram eliminados Mohsen Bakri e Abu al-Fadl Nikouei, respectivamente chefe e vice-chefe do Departamento de Inteligência da Força Quds, braço externo da Guarda Revolucionária.

Mohammad Kazemi, à frente do setor desde 2022, era responsável por missões de contrainteligência e repressão interna, incluindo o monitoramento de dissidentes e cidadãos iranianos considerados uma ameaça ao regime. Sob seu comando, o órgão esteve envolvido em diversas operações de espionagem e apoio logístico a grupos terroristas, inclusive fora do território iraniano.

Seu vice, Mohammad Hassan Mohaqiq, por sua vez, presidiu anteriormente o Departamento de Inteligência Estratégica do Irã e esteve fortemente ligado a ações diretas contra interesses israelenses e ocidentais. Segundo o comunicado das IDF, ambos tinham participação ativa na promoção do terrorismo como ferramenta geopolítica.

Quanto aos líderes da Força Quds, o relatório israelense aponta que Bakri e Nikouei desempenhavam papel central no suporte operacional à chamada “Eixo do Terror” do Irã — uma aliança que inclui o Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza, os Houthis no Iêmen e milícias xiitas no Iraque. Eles também estavam engajados nos esforços de reconstrução da presença iraniana na Síria e no fortalecimento das capacidades militares do Hezbollah.