Milei avança na reestruturação do Banco de la Nación e abre caminho para o capital privado
- Núcleo de Notícias

- 20 de fev.
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Medida busca modernização, mas enfrenta resistência sindical

O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou nesta quinta-feira (20) um decreto que transforma o Banco de la Nación, a maior instituição financeira do país, em uma sociedade anônima. A decisão, que abre espaço para futuras privatizações, ocorre após o Congresso ter barrado um pacote que incluía a venda do banco ao setor privado.
Com a mudança, o governo mantém 99,9% do controle acionário por meio do Ministério da Economia, enquanto a Fundação Banco de la Nación ficará com 0,1%. Milei argumenta que a medida moderniza a estrutura da instituição e a alinha às melhores práticas do mercado financeiro, fortalecendo sua competitividade.
Resistência sindical e cenário político
A decisão gerou forte reação dos sindicatos bancários, que acusam o governo de tentar "entregar uma instituição lucrativa ao setor privado". O sindicato La Bancaria classificou a iniciativa como “contraditória”, alegando que não há justificativa para vender um banco que vem registrando crescimento expressivo. Dados oficiais mostram que, em 2024, os desembolsos da instituição aumentaram mais de 600%, além de recordes em depósitos e patrimônio.
Diante da medida, os sindicatos declararam “estado de alerta e mobilização”, sinalizando que o governo pode enfrentar forte resistência política e social nos próximos meses. A estratégia de Milei reforça seu plano de desestatização da economia argentina, mas encontra desafios no Legislativo.



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