Ouro avança com queda do dólar e expectativa de corte de taxas pelo Fed

O metal precioso segue em alta com a desvalorização do dólar, impulsionado pela possível redução nas taxas de juros nos EUA

O preço do ouro prolongou sua tendência de alta nesta sexta-feira, favorecido pela desvalorização do dólar norte-americano, que recuou de suas máximas de dois meses. Esse movimento reflete o aumento da expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos EUA promoverá um corte nas taxas de juros em novembro.

Por volta das 10h16 no horário de Brasília, o ouro à vista subia 0,7%, sendo negociado a US$ 2.647,55 por onça. Já os contratos futuros de ouro nos Estados Unidos avançaram cerca de 1%, chegando a US$ 2.665 por onça. Esses ganhos são impulsionados pela percepção de que o Fed pode adotar uma política monetária mais flexível para sustentar a economia.

Os últimos dados dos EUA, divulgados nesta sexta-feira, indicam que os preços no produtor permaneceram estáveis em setembro, sinalizando que a inflação segue controlada. Esse cenário reforça a visão de que o Fed tem espaço para reduzir as taxas de juros sem desencadear pressões inflacionárias significativas. Além disso, dados recentes mostraram que, apesar de uma ligeira alta nos preços ao consumidor em setembro, a taxa anual de inflação foi a mais baixa dos últimos três anos e meio.

Com o mercado de trabalho nos EUA ainda relativamente forte, mas com sinais de possível desaceleração, analistas acreditam que mais cortes nas taxas de juros são iminentes. A ferramenta CME FedWatch estima uma probabilidade de 84,4% de um corte de 25 pontos base em novembro, enquanto 15,6% acreditam na manutenção das taxas atuais.

Apesar do recente aumento, o ouro caminha para fechar sua segunda semana consecutiva de queda, após ter alcançado um recorde de US$ 2.685,42 por onça no mês passado.