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Polícia Federal indicia senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga por corrupção

Senadores são acusados de receber propina da Hypermarcas; Braga é relator da reforma tributária de Lula


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Foto: Pedro França/Agência Senado


A Polícia Federal indiciou os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), além do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Segundo a investigação, os parlamentares teriam recebido propina da empresa Hypermarcas, hoje conhecida como Hypera Pharma, em troca de favores no Congresso Nacional.


Eduardo Braga, que atualmente ocupa a função de relator da reforma tributária no Senado, e Renan Calheiros, cujo filho, Renan Filho (MDB-AL), é ministro dos Transportes do governo Lula, são figuras influentes e consideradas aliadas do Palácio do Planalto. A relação dos dois com a cúpula do governo torna o caso ainda mais relevante no cenário político.


O inquérito, que vinha sendo conduzido pela Polícia Federal há seis anos, teve seu relatório final entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto, sob sigilo. O ministro Edson Fachin, relator do processo, enviou os documentos à Procuradoria-Geral da República (PGR), onde a equipe do procurador-geral Paulo Gonet analisa se apresentará denúncia formal contra os parlamentares.


A investigação revela que a Hypermarcas teria repassado cerca de R$ 20 milhões aos políticos por meio do lobista Milton Lyra, ligado ao MDB. Em troca, os senadores teriam trabalhado para aprovar leis que favoreciam a indústria farmacêutica entre 2014 e 2015, além de garantir que Calheiros indicasse um aliado para a diretoria da Anvisa, visando beneficiar os interesses da empresa junto à agência reguladora.


O caso é um desdobramento da Operação Lava Jato e teve origem na delação de Nelson Mello, ex-diretor da Hypermarcas, que confessou ter assinado contratos fictícios com empresas associadas a Milton Lyra, como forma de repassar propinas. O empresário Milton Lyra também foi indiciado pela PF, acusado de lavagem de dinheiro.


No caso de Romero Jucá, a investigação foi encaminhada à Justiça Federal do Distrito Federal, uma vez que o ex-senador não possui mais foro privilegiado. A trajetória do processo foi marcada por impasses, incluindo tentativas da PGR de anular a delação de Nelson Mello, sob alegação de omissões que protegeriam acionistas da Hypermarcas. Entretanto, após novos acordos, outros executivos da empresa, como João Alves de Queiroz Filho, ex-presidente do Conselho de Administração, aderiram ao esquema de colaboração premiada, ampliando as evidências contra os envolvidos.

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