Greves no Ibama e ANP ameaçam produção de petróleo nacional

Segundo o IBP, paralisação no Ibama já causou R$ 200 milhões em prejuízos

Paralisações também podem atingir distribuição de combustíveis

Além da fuga de investidores e da insegurança quanto ao cumprimento da meta fiscal, o Brasil também enfrenta neste momento graves problemas no setor de energia. 

Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), a greve de funcionários do Ibama já foi responsável pelo corte de 80 mil barris diários na produção nacional, o que representa cerca de R$ 200 milhões a menos na arrecadação de impostos.

“A greve do Ibama já dura 160 dias, e está impactando muito o setor. Começamos com uma redução de 5 a 10 mil barris por dia e batemos na semana passada 80 mil barris. Isso dá um impacto de R$ 200 milhões por mês”, informou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy.

A greve no Ibama, que influencia diretamente na inspeção e emissão de licenças ambientais, não é a única a interromper a produção do setor. A paralisação das atividades da Agência Nacional de Petróleo (ANP) já preocupa o governo Lula.

“Entre as atividades potencialmente impactadas pela mobilização dos servidores estão as de distribuição de participações governamentais, que somam cerca de R$ 8 bilhões repassados por mês à União, estados e municípios”, alertou o diretor-geral da ANP, Rodolfo Henrique de Saboia, em comunicado aos ministérios da Fazenda e Planejamento.