Risco fiscal é apontado como maior ameaça à estabilidade, afirma Banco Central
- Núcleo de Notícias

- 5 de set. de 2024
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Pesquisa mostra que 41% das instituições financeiras consideram o cenário fiscal o principal fator de preocupação para os próximos três anos
As instituições financeiras brasileiras passaram a considerar o risco fiscal como o mais relevante para a estabilidade financeira do país nos próximos três anos, de acordo com a Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) divulgada pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (5). O levantamento revelou que 41 de 100 instituições consultadas apontam o cenário fiscal como a maior ameaça, um aumento expressivo em relação à pesquisa anterior, realizada em maio, quando 27 instituições destacaram esse risco.
Em segundo lugar, 23 instituições citaram o risco relacionado ao cenário internacional, que liderava o ranking em maio, com 38 indicações. A crescente preocupação com a trajetória da dívida pública e os impactos da política fiscal nos preços dos ativos e na política monetária foram os principais fatores mencionados pelas instituições.
O BC destacou que, em julho, a dívida bruta do governo geral atingiu 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB), superando tanto o patamar de 77,8% registrado em junho quanto a projeção de 78,2% feita pelo mercado para o fim deste ano, conforme o relatório Focus. Esse aumento reforça os temores sobre a sustentabilidade fiscal do país.
Além dos riscos fiscais e internacionais, a pesquisa também indicou preocupações com a inadimplência e a atividade econômica. Ainda assim, as instituições mantêm uma confiança elevada na estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN), de acordo com o relatório do BC.
Essas percepções sugerem um alerta crescente no mercado quanto à necessidade de ajustes fiscais para garantir a sustentabilidade econômica a longo prazo, ao mesmo tempo em que o Brasil navega por incertezas globais e internas.




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