Tarcísio cancela aposentadoria e demite policiais ligados ao PCC

Governador de São Paulo aplica punições rigorosas a agentes envolvidos com organização criminosa

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), determinou a demissão de dois policiais e a cassação da aposentadoria de outro, todos ligados à Secretaria de Segurança Pública, após serem comprovados seus vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em São José dos Campos.

Os agentes Wander Rodrigo Vilhena Pinto, João Henrique Pinheiro da Silva e Alberto Alves Filho foram condenados por tráfico de drogas e corrupção passiva. A decisão de Tarcísio de Freitas veio após o trânsito em julgado das condenações.

Em 2017, o Ministério Público de São Paulo denunciou os três policiais, que faziam parte de uma facção de 30 agentes associados ao PCC na região do Campo dos Alemães, na Zona Sul de São José dos Campos. O grupo movimentava cerca de R$ 2 milhões por mês através do tráfico de drogas.

As investigações começaram em 2016, quando documentos do PCC foram apreendidos, revelando a participação de policiais dos 3º e 7º Distritos Policiais, do Departamento de Investigações Gerais (DIG), e do Departamento de Investigações sobre Entorpecentes (Dise).

Wander Rodrigo Vilhena Pinto foi condenado a sete anos e nove meses de prisão em regime semiaberto, enquanto João Henrique Pinheiro da Silva recebeu uma pena de sete anos e quatro meses, também em regime semiaberto. Alberto Alves Filho, já aposentado, teve sua aposentadoria cassada e foi condenado a oito anos e sete meses em regime fechado.