Vale, BHP e Samarco fecharão em 25/10 acordo bilionário sobre tragédia de Mariana
- Núcleo de Notícias

- 23 de out. de 2024
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Compensação de R$ 170 bilhões será destinada à reparação dos danos ambientais e sociais causados pelo rompimento da barragem em 2015
As mineradoras Vale, BHP e Samarco assinarão um acordo histórico com autoridades federais e estaduais na sexta-feira, 25 de outubro, para encerrar disputas judiciais e compensar os danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015. A informação vem do Planalto. O acordo, que totaliza R$ 170 bilhões, inclui tanto pagamentos já realizados quanto novos recursos que serão destinados à reparação das áreas e comunidades afetadas.
O desastre de Mariana é considerado uma das maiores tragédias ambientais do Brasil, resultando em 19 mortes, centenas de desabrigados e a destruição de vastas áreas de floresta. A onda de lama tóxica percorreu mais de 600 km ao longo do rio Doce, alcançando o litoral do Espírito Santo e afetando diretamente dezenas de cidades e a subsistência de milhares de pessoas que dependiam do rio para atividades como pesca e agricultura.
O acordo, negociado ao longo de anos, representa um marco na reparação dos danos socioambientais e inclui uma série de obrigações para as mineradoras. Entre as medidas previstas, estão o reassentamento das famílias desabrigadas, a recuperação das áreas florestais devastadas, a despoluição dos rios e afluentes afetados, além de projetos de longo prazo para garantir a segurança hídrica das regiões impactadas.
As indenizações também contemplam programas sociais e econômicos voltados para a reconstrução das comunidades atingidas, com foco na criação de empregos e desenvolvimento sustentável. As mineradoras já vinham sendo pressionadas para acelerar as ações de reparação, e o acordo bilionário é visto como um passo decisivo para compensar as perdas sofridas pelas populações locais e mitigar os danos ambientais.
O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco — uma joint venture entre Vale e BHP —, liberou aproximadamente 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, provocando uma das maiores catástrofes ambientais do mundo. Desde então, as mineradoras têm sido alvo de uma série de processos judiciais e demandas por reparação, tanto no Brasil quanto em tribunais internacionais.




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