Vale e BHP elevam compensação para R$ 170 bilhões por desastre em Mariana
- Núcleo de Notícias

- 19 de out. de 2024
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Proposta inclui reparações passadas e futuras por danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco
As mineradoras Vale e BHP aumentaram para R$ 170 bilhões a proposta de compensação aos impactos do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), ocorrido em 2015. O desastre, considerado a maior tragédia ambiental da história do Brasil, devastou comunidades e o meio ambiente, além de deixar 19 mortos. A oferta foi divulgada pelas empresas nesta sexta-feira (20), em meio a intensas negociações com autoridades brasileiras.
A proposta inclui R$ 100 bilhões a serem pagos ao longo de 20 anos para ações de reparação coletiva e ambiental, além de R$ 32 bilhões destinados à compensação individual das vítimas, reassentamento das famílias afetadas e projetos de recuperação ambiental. Outros R$ 38 bilhões referem-se a valores já investidos pelas empresas em medidas de reparação desde o desastre.
O rompimento da barragem, pertencente à Samarco, uma joint venture entre a brasileira Vale e a australiana BHP, lançou toneladas de rejeitos de minério no Rio Doce, impactando gravemente ecossistemas e comunidades ao longo de centenas de quilômetros. Desde então, as duas gigantes da mineração enfrentam um longo processo de negociação para resolver as pendências jurídicas e compensatórias.
As empresas esperam que a aprovação dessa proposta encerre as disputas judiciais em andamento no Brasil. No entanto, a BHP também enfrentará um grande julgamento em Londres, a partir da próxima segunda-feira, referente às mesmas questões de responsabilidade pelo desastre.




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