Boletim Focus: cenário econômico estagnado e sem perspectivas claras de retomada
- Núcleo de Notícias
- 4 de ago.
- 3 min de leitura
Mesmo com leve recuo na inflação prevista para 2025, projeções para juros altos, dólar elevado e PIB fraco apontam para um Brasil emperrado

O Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central confirma que o Brasil caminha para mais um ciclo econômico de baixo crescimento, inflação persistente e juros elevados, sem qualquer sinal de mudança estrutural à vista. Embora o mercado tenha reduzido, pela décima semana seguida, a projeção para o IPCA de 2025 – de 5,09% para 5,07% – a queda é marginal e não altera a sensação geral de paralisia e incerteza que assombra o país.
As previsões para a taxa básica de juros seguem preocupantes. A expectativa da Selic em 2025 permanece em elevados 15%, valor mantido há seis semanas consecutivas. É um número que sinaliza desconfiança generalizada quanto à condução da política fiscal e ao ambiente inflacionário. Juros nesse patamar sufocam o investimento produtivo e comprometem a geração de empregos, travando qualquer chance de retomada sustentável.
O crescimento econômico, por sua vez, segue em ritmo decepcionante. O Produto Interno Bruto (PIB) projetado para 2025 se manteve em 2,23%, um número fraco para um país que precisa urgentemente destravar seu potencial. Pior ainda: as estimativas para os anos seguintes indicam queda, com projeção de apenas 1,88% para 2026 e recuo de 2% para 1,95% em 2027. Para 2028, as projeções seguem congeladas em 2%, há longas 73 semanas, o que evidencia a falta de confiança em qualquer guinada estratégica do governo.
No câmbio, a perspectiva também permanece sombria. A expectativa para o dólar em 2025 continua em R$ 5,60, refletindo o receio de fuga de capitais e a falta de competitividade interna. Para os anos seguintes, o mercado prevê a moeda americana em patamar ainda mais elevado: R$ 5,70 para 2026, 2027 e 2028. Isso pressiona os preços internos e corrói o poder de compra da população.
Em relação ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência em contratos e aluguéis, a projeção de 2025 caiu de 1,60% para 1,33%, mas voltou a subir em 2026, de 4,42% para 4,43%. A oscilação revela volatilidade e instabilidade nos custos, dificultando o planejamento empresarial.
Outro sinal de alerta está na previsão para os preços administrados, como combustíveis e energia. Para 2025, a estimativa subiu de 4,69% para 4,71%, evidenciando o risco de novos reajustes em áreas sensíveis ao consumidor. As projeções para os anos seguintes também não indicam alívio: 4,19% em 2026, 4% em 2027 e 3,72% em 2028.
Diante desse cenário, o Brasil segue sem rumo claro. As previsões do Boletim Focus indicam um futuro marcado por crescimento anêmico, inflação pressionada e juros sufocantes.
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Carlos Dias.
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