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Boletim Focus mantém tom de estagnação e revela cenário sombrio para economia brasileira

Mercado ajusta números, mas projeções seguem altas para juros e inflação — enquanto crescimento segue pífio


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O novo Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central, mostra que, apesar de algumas revisões marginais nas projeções, o cenário econômico projetado para os próximos anos permanece preocupante e desanimador.


A previsão para o IPCA em 2025 teve uma queda irrisória, de 5,18% para 5,17%, marcando a sétima redução consecutiva — um alívio estatístico que em nada altera o fato de que o Brasil caminha para o terceiro ano seguido com inflação fora da meta. A perspectiva de que a inflação voltará ao centro da meta de 3% segue cada vez mais distante. Para 2026, a projeção ainda é de 4,50%, e apenas em 2028 o IPCA deve se aproximar dos 3,80%, um número ainda elevado considerando os desafios de produtividade do País.


No câmbio, o mercado parece aceitar como inevitável a fraqueza do real. A estimativa para o dólar em 2025 caiu de R$ 5,70 para R$ 5,65, mas segue em patamar historicamente alto. Para os anos seguintes, as projeções seguem acima dos R$ 5,70, indicando descrença do mercado na capacidade do Brasil de atrair investimentos ou equilibrar suas contas externas.


O crescimento econômico continua num ritmo medíocre. A expectativa para o PIB de 2025 segue em 2,23%, enquanto as previsões para 2026, 2027 e 2028 oscilam entre 1,89% e 2% — patamares que mal superam o crescimento vegetativo da população, revelando um cenário de estagnação prolongada e ausência de reformas estruturais capazes de impulsionar a produtividade.


A taxa básica de juros, a Selic, continua elevada e sem perspectivas de normalização. A projeção para o final de 2025 permanece em duros 15%, sinal claro de que o mercado não enxerga compromisso do governo com o equilíbrio fiscal e o controle de expectativas. Para os anos seguintes, a queda é lenta: 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028 — uma Selic persistentemente alta, que sufoca o crédito, inibe o investimento e penaliza a todos com juros abusivos.


Mesmo o IGP-M, que mede a inflação de atacado e aluguéis, indica trajetória pouco animadora: a projeção para 2025 caiu de 2,25% para 2,18%, mas para 2026 e 2027 fica em 4% ou mais, refletindo pressões constantes nos custos de produção e repasses inflacionários.


A "cereja amarga" do bolo está nos preços administrados — como energia, combustíveis e tarifas públicas — que tiveram aumento na estimativa para 2025, passando de 4,36% para 4,40%. Isso demonstra que, mesmo com controle sobre parte dos preços, o governo não conseguirá conter os reajustes, penalizando ainda mais o consumidor.


Em resumo, o que o Boletim Focus desta semana expõe é um retrato de um país sem horizonte claro de crescimento, com inflação resistente, juros altos e um governo que insiste em políticas intervencionistas e retóricas de confronto, enquanto a situação exige responsabilidade fiscal, reformas e previsibilidade.


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