Boletim Focus: Mercado mantém previsões frágeis para economia brasileira apesar de ajustes mínimos
- Núcleo de Notícias
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Relatório do Banco Central indica cortes residuais na inflação, mas perspectiva de estagnação e juros elevados seguem marcando o cenário

O Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (1º) voltou a mostrar números pouco animadores para a economia brasileira. A inflação projetada para 2025 recuou pela décima quarta semana seguida, mas passando de 4,86% para 4,85%, uma mudança praticamente insignificante. A trajetória permanece bem acima do centro da meta, reforçando a percepção de que o Brasil seguirá preso a um quadro de preços persistentemente elevados.
O câmbio também apresentou uma pequena melhora, passando de R$ 5,59 para R$ 5,56 em 2025. No entanto, a moeda brasileira continua fragilizada, e a tendência de longo prazo permanece negativa, refletindo falta de confiança em relação à política econômica. O Produto Interno Bruto, por sua vez, teve projeção elevada de 2,18% para 2,19%, uma variação simbólica que nada altera a realidade de um crescimento baixo e incapaz de gerar dinamismo econômico consistente. Já a taxa básica de juros continua travada em 15% pela décima semana consecutiva, evidenciando o peso do aperto monetário sobre a atividade.
Para os anos seguintes, o relatório também não traz sinais de melhora significativa. A inflação projetada para 2026 caiu de 4,33% para 4,31%, mas ainda em patamar desconfortável. Em 2027, a estimativa passou de 3,97% para 3,94%, e em 2028 permanece em 3,80%, sinal de que a convergência para a meta não virá de forma rápida. O IGP-M, índice de grande impacto em contratos e aluguéis, teve aumento da previsão para 2025, de 1,04% para 1,14%, reforçando a pressão inflacionária.
As projeções para preços administrados, que afetam diretamente o custo de energia, combustíveis e tarifas, caíram de 4,70% para 4,68% em 2025, mas ainda mostram forte impacto sobre o bolso do consumidor. Para os anos seguintes, os números se mantêm próximos de 4%, sinalizando dificuldade do governo em controlar esses gastos.
No câmbio, o mercado reduziu levemente as estimativas para os próximos anos, mas sempre acima de R$ 5,60, o que mostra um cenário de moeda enfraquecida e sem perspectiva de valorização consistente. Já em relação ao PIB, as projeções para 2026 e 2027 seguem abaixo de 2%, enquanto para 2028 permanecem estagnadas em 2% há mais de 77 semanas, uma evidência clara da falta de confiança na capacidade do Brasil de sustentar um ciclo de crescimento.
No caso da Selic, as projeções indicam queda apenas gradual: 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028. Mesmo assim, os patamares seguem elevados e comprometem investimentos e expansão da economia.
Em síntese, o relatório mostra que, apesar de ajustes marginais, o Brasil deve seguir em um cenário de inflação resistente, juros altos e crescimento anêmico, sem sinais de mudanças estruturais que revertam esse quadro de estagnação.
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Carlos Dias.
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