top of page

Do silêncio cúmplice à militância aberta: a promoção do aborto na Alemanha e no Brasil

ree

A cultura da morte não avança apenas por meio de militantes ideológicos. Ela se institucionaliza quando seus principais promotores passam a ocupar os altos cargos do poder político, jurídico e até religioso — tornando-se agentes ativos de sua legalização e difusão, sob o pretexto da justiça ou do “equilíbrio”.


É isso que se observa hoje, tanto na Alemanha quanto no Brasil.


Alemanha: quando a Igreja abdica da vida


Na Alemanha, a situação é tão grave que parte significativa da hierarquia católica — incluindo o próprio presidente da Conferência Episcopal, Dom Georg Bätzing — defende abertamente o atual sistema legal que permite mais de 100 mil abortos por ano. A legislação alemã considera o aborto ilícito, mas não punível até a 12ª semana — um “equilíbrio inteligente”, nas palavras do bispo, que prefere apaziguar o debate a proteger os indefesos.


Paralelamente, o governo tenta nomear para o Tribunal Constitucional figuras como Frauke Borsius-Geldorf, jurista que já escreveu que a dignidade humana só se aplicaria após o nascimento — negando ao nascituro o direito à vida garantido pela constituição alemã. Quando sua nomeação foi ameaçada pela repercussão pública, Frauke recuou parcialmente, mas seguiu defendendo que o aborto, hoje apenas “impune”, deveria ser também “lícito”.


Mais chocante ainda é o silêncio — ou pior, a conivência — da Igreja sinodal, do Comitê Central dos Católicos e da Juventude Católica Alemã (BDKJ), que aderiram ao discurso pró-aborto e tratam qualquer resistência como parte de uma “guerra cultural desnecessária”. Como se defender a vida humana fosse uma provocação ideológica e não uma exigência do evangelho.


Brasil: quando a Suprema Corte age como legislador do aborto


No Brasil, o enredo é diferente, mas o destino é o mesmo. No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibia a técnica de assistolia fetal — procedimento brutal que consiste em perfurar o coração de um bebê em gestação avançada para provocar sua morte com cloreto de potássio.


A decisão do ministro Alexandre de Moraes baseia-se na tese de que, em casos de estupro, o aborto pode ser realizado até o nono mês de gestação, sem limite temporal. Essa tese é agora sustentada pelo PSOL, que pediu ao STF que multe hospitais e profissionais de saúde que se recusam a cumprir a ordem. Em outras palavras, o partido e o ministro querem que médicos sejam punidos por se recusarem a matar bebês viáveis — que poderiam nascer e sobreviver em uma UTI Neonatal.


A decisão ignora deliberadamente a realidade médica, os direitos do nascituro e a consciência dos profissionais, e impõe uma espécie de tirania judicial pró-aborto, sem respaldo legislativo e com punição a qualquer forma de objeção.


O ponto de contato: elites que se colocam acima da lei natural


Tanto na Alemanha quanto no Brasil, o aborto vem sendo transformado em instrumento de poder político, com a cumplicidade de instituições antes comprometidas com a defesa da vida. Juristas e ministros que deveriam proteger a Constituição se arrogam o direito de reinterpretá-la à revelia da dignidade humana. E o que é mais grave: bispos e lideranças religiosas abandonam a fé apostólica em nome do consenso progressista.


A consequência é uma inversão moral profunda: proteger o nascituro torna-se motivo de punição; negar-lhe o direito à vida, um suposto "direito reprodutivo". E aqueles que deveriam ser pastores tornam-se cúmplices — ou protagonistas — do que São João Paulo II chamou de “estruturas de pecado” da cultura da morte.


Como alertou São Paulo, “não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz” (2 Cor 11,14). Quando ministros da justiça e da fé passam a justificar o assassinato dos inocentes, não resta dúvida de que estamos diante de uma batalha espiritual. E é dever dos fiéis — na Alemanha, no Brasil e em todo o mundo — manter-se firmes e levantar a voz em defesa da vida, mesmo diante da traição das elites.


A verdade custa pouco. Mas vale muito.


Você chegou até aqui porque busca por informações que façam sentido — e não por narrativas fabricadas por quem serve ao Sistema. No Rumo News, nosso compromisso é com a liberdade, a verdade e a inteligência do leitor.


Produzimos nossos conteúdos de forma 100% independente, sem amarras com partidos, governos ou patrocinadores ideológicos. Nosso único financiador é você — o cidadão consciente que se recusa a ser manipulado pela grande mídia.


Assinar o Rumo News leva menos de 1 minuto, custa pouco e oferece muito:


  • Análises profundas sobre economia, política e geopolítica

  • Artigos exclusivos, com dados sólidos e argumentos afiados

  • Uma plataforma segura e sem anúncios


Enquanto eles espalham narrativas, nós entregamos fatos, contexto e coragem.





ree

Se puder, apoie-nos mensalmente adquirindo um plano de assinatura.

Obrigado!


Carlos Dias.

CEO e Editor-Chefe do Rumo News.

Comentários


O Rumo News é uma produção do
Instituto Democracia e Liberdade.

Copyright © 2025 - Instituto Democracia e Liberdade  -  CNPJ: 46.965.921/0001-90

Confira os Termos de Uso e Condições

Política de Reembolso: Reembolsos serão processados apenas em casos de duplicação de pagamento ou problemas técnicos que impeçam o acesso ao serviço. O reembolso será creditado na mesma forma de pagamento utilizada.

Política de Troca: Devido à natureza dos serviços digitais, não realizamos trocas.

 

Métodos de pagamento disponíveis no site: Cartões de crédito e Pix.
 

Dúvidas, problemas ou sugestões? Entre em contato: contato@institutoidl.org.br

  • Instagram
  • YouTube
bottom of page