Lula reage às declarações de Trump e diz que países do Brics “não aceitam intromissão”
- Núcleo de Notícias
- 8 de jul.
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Em resposta às ameaças de tarifas dos EUA, presidente brasileiro adota tom irresponsável e desafiador

Durante coletiva nesta terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a confrontar publicamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após as ameaças de sanções comerciais contra os países do Brics. Lula declarou que as nações do bloco “não aceitam intromissão” e reafirmou o caráter soberano das decisões tomadas durante a 17ª Cúpula do grupo, encerrada nesta semana no Rio de Janeiro.
Ao lado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, Lula afirmou: “Não aceitamos nenhuma reclamação contra a reunião do Brics. Não concordamos quando ontem o presidente dos Estados Unidos insinuou que vai taxar os países do Brics”.
A reação do petista vem após Trump prometer uma tarifa extra de 10% sobre países que, segundo estejam “alinhados às políticas antiamericanas do Brics”. O presidente norte-americano também publicou nas redes sociais críticas ao Supremo Tribunal Federal e manifestou apoio a Jair Bolsonaro, o que aumentou o desconforto diplomático entre os dois governos.
Apesar do discurso inflamado, Lula, irresponsavelmente ignorou os possíveis impactos econômicos de uma eventual retaliação americana ao Brasil. Medidas tarifárias dos EUA podem afetar diretamente setores estratégicos da economia brasileira, em especial o agronegócio e a indústria.
“O que queremos dizer ao mundo é que somos países soberanos. Não aceitamos intromissão de quem quer que seja nas nossas decisões soberanas, no jeito que cuidamos do nosso povo”, afirmou Lula, acrescentando que o Brics “defende o multilateralismo” contra a crescente influência de potências ocidentais.
A postura adotada por Lula pode agradar a parte de sua base política e aliados internacionais como China, Rússia e Irã, mas colocar em risco a já fragilizada economia brasileira ao posicionar o país como um adversário da maior potência global, os Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump.
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