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PGR suspeita de fuga e pede prisão de Mauro Cid após viagem da família aos EUA

Movimentação da família e tentativa de obtenção de passaporte português levantaram suspeitas sobre articulação de fuga; ex-ministro Gilson Machado foi preso


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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a Polícia Federal (PF) "identificar movimentações suspeitas" que levantaram a hipótese de fuga. O estopim foi a viagem de seus familiares aos Estados Unidos no dia 30 de maio. A esposa de Mauro Cid, Gabriela Santiago Ribeiro, os pais, Mauro Lourena Cid e Agnes Barbosa Cid, e uma das filhas do casal embarcaram para Los Angeles. Segundo a defesa, o objetivo era participar da formatura de um sobrinho e do aniversário de 15 anos de uma sobrinha, com retorno marcado para 20 de junho.


Apesar da ausência de restrições judiciais que impedissem a viagem, a Polícia Federal deflagrou operação nesta sexta-feira (13), com mandado de busca e apreensão na casa de Cid em Brasília. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou um novo depoimento do militar. Mauro Cid foi levado à sede da PF, onde prestou esclarecimentos por mais de duas horas antes de ser liberado. O motivo da revogação da prisão não foi detalhado pelo STF.


Segundo a PGR, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado teria tentado facilitar uma fuga de Mauro Cid ao solicitar um passaporte português em nome do militar no consulado de Portugal em Recife, em 12 de maio. A tentativa fracassou, mas o episódio foi considerado um indicativo de obstrução de Justiça. Machado foi preso. Já Cid, embora solto, continua sob investigação.


A defesa do tenente-coronel nega qualquer intenção de fuga e afirma que a viagem da família ocorreu com passagens de ida e volta. Os advogados também rejeitam que Mauro Cid tenha solicitado um passaporte português, alegando que ele apenas requereu a cidadania portuguesa em janeiro de 2023, pois todos os seus familiares já a possuíam. Em 2024, ele obteve uma carteira de identidade portuguesa — documento que só é válido dentro de Portugal e não serve para atravessar fronteiras. A defesa se colocou à disposição do STF para entregar o documento.


A PGR, por sua vez, argumenta que o avanço das investigações da Ação Penal 2.668/DF, na qual Mauro Cid é réu colaborador, "exige medidas rigorosas para garantir a aplicação da lei". Se for confirmado que o militar mentiu ou tentou obstruir a investigação, poderá perder os benefícios da delação premiada firmada com a Justiça.


Segundo os investigadores, o depoimento prestado por Mauro Cid nesta sexta-feira foi considerado “esclarecedor”, mas a Polícia Federal não descarta convocá-lo novamente caso surjam novas dúvidas durante a apuração.

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