Alexandre de Moraes rejeita pedido de anulação da delação de Mauro Cid
- Núcleo de Notícias

- 17 de jun.
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Ministro do STF afirma que questionamento sobre a delação premiada é “inadequado” no atual estágio das investigações

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (17) um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que buscava anular a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Para o magistrado, o momento processual é “absolutamente inadequado” para se questionar a validade do acordo firmado por Cid com a Polícia Federal.
A petição foi apresentada pelos advogados de Bolsonaro na véspera da decisão, com base em mensagens atribuídas a Mauro Cid e divulgadas pelo próprio STF. Nos áudios, o militar expressa frustração com antigos aliados e se queixa do isolamento que sente desde que passou a colaborar com as investigações.
O ministro Alexandre de Moraes considerou o pedido “impertinente” e evitou reavaliar a legalidade da colaboração neste ponto da apuração. Segundo ele, os argumentos apresentados pela defesa não comprometem a legitimidade do acordo, que segue respaldado pelas autoridades envolvidas na investigação.
Mauro Cid assinou a delação premiada em 2023, no contexto das investigações sobre a alegada "tentativa de golpe de Estado" após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Seus depoimentos foram usados pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República para embasar diversas linhas de investigação. No entanto, o militar já alterou ao menos cinco vezes a versão que apresenta sobre os eventos relacionados ao suposto "plano golpista".



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